segunda-feira, 17 de agosto de 2009

CEM sedia I Escola de Estudos Urbanos, uma chance para o cruzamento de jovens pesquisadores e a realidade de São Paulo


Nesta segunda-feira, dia 17 de agosto, ocorreu a abertura da primeira Escola de Estudos Urbanos do Comitê de Pesquisa 21(Research Commitee 21) da Associação Internacional de Sociologia (International Sociological Association - ISA), realizada em parceria com o Centro de Estudos da Metrópole, que sedia esta primeira edição como uma prévia à Conferência “Desigualdade, Inclusão e sentido de Pertencimento”, a ser realizada entre os dias 23 e 25 de agosto.

O primeiro dos cinco dias de atividades foi uma reunião de duas horas, uma ocasião mais descontraída para a apresentação do grupo de pesquisadores e coordenadores. Eles formarão a primeira edição dessa iniciativa que tem o objetivo de promover uma experiência de interação intensiva entre pesquisadores maduros e juniores ou em início de carreira que foque no entendimento de cidades ao redor do mundo. A ideia é promover a Escola a cada dois anos.

Jeremy Seekings, da Universidade da Cidade do Cabo e co-editor do International Journal of Urban and Regional Research, fez o discurso inaugural. Ficou impressionado ao ver ali, entre os 25 estudantes participantes , o mundo inteiro. "O mundo está aqui”. De fato, os pesquisadores vinham de países latino-americanos e asiáticos. Segundo Seekings, a “ideia é promover esse tipo de encontro fora dos eixos do noroeste da Europa e da América do Norte. Tivemos muita sorte com este conjunto de pesquisadores”.

A promoção da Escola foi feita pelo RC21, o Comitê da ISA de “Sociologia de desenvolvimento regional e urbano”. Yuri Kazepov, vice-presidente do Comitê, diz que o objetivo da iniciativa é “ter jovens de diferentes disciplinas, origens culturais e países juntos a olhar um mesmo objeto”. Ele acredita que esse “confronto de ideias” é um “momento de criatividade”, de “largar os conhecimentos já dados e ter novas perspectivas sobre a metrópole”. Os palestrantes foram escolhidos para dar esse quadro multidisciplinar.

Eduardo Marques, diretor do CEM e co-organizador da Escola, acredita que São Paulo, como uma cidade enorme, complexa e cosmopolita, pode oferecer um quadro interessante para o olhar acadêmico de pessoas vindas de fora. “Por ser uma cidade do sul, ao mesmo tempo que se observa muita desigualdade e pobreza, enxerga-se uma grande diversidade, uma pujança cultural. Nesse sentido, aqui há o cruzamento de muitas coisas”.

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